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Nos dias de hoje, muito se fala sobre viver de dividendos e de renda passiva. No entanto, uma nova perspectiva pode acabar transformando sua perspectiva sobre seu dinheiro e seu patrimônio. A ideia central é que não precisamos viver apenas de rendimentos, mas também aproveitar nosso patrimônio para melhorar nossa qualidade de vida. Vamos explorar esse conceito e as lições que podemos aprender para aproveitar ao máximo nosso dinheiro baseado no livro “Morra Sem Nada“.
Um dos principais argumentos apresentados é que, se você já possui o suficiente para viver confortavelmente, trabalhar apenas para acumular mais dinheiro pode ser um desperdício de tempo e energia vital. Ao invés de acumular riquezas para deixar como herança, devemos gastar em vida e aproveitar o dinheiro que temos.
É claro que a incerteza sobre a duração da vida torna essa decisão complexa. No entanto, ao definir um planejamento financeiro, podemos nos preparar para aproveitar ao máximo nosso tempo e recursos.
Todos nós desejamos deixar uma herança para nossos filhos, mas podemos e devemos dar parte dessa herança ainda em vida. Existe a história de um casal que economizou durante toda a vida para deixar um patrimônio considerável para a filha. No entanto, quando os pais faleceram, a filha já havia se tornado rica por conta própria. A herança chegou em um momento em que ela não precisava mais, e isso poderia ter feito uma grande diferença se tivesse recebido antes.
Essa lição nos mostra que ajudar nossos filhos em vida pode ser muito mais impactante do que esperar pelo momento da morte. O apoio financeiro pode ajudá-los em momentos críticos, como quando estão começando suas carreiras ou enfrentando dificuldades financeiras.
Outra lição importante é a necessidade de não administrar o dinheiro como se fôssemos viver para sempre. Muitas pessoas, especialmente com 60 anos ou mais, economizam até em pequenos luxos, como um café ou um jantar fora, acreditando que precisam guardar dinheiro para um futuro incerto.
O autor enfatiza que, à medida que envelhecemos, nossa capacidade de aproveitar a vida diminui. As coisas que podemos fazer aos 30 anos se tornam mais difíceis aos 60. Portanto, devemos aproveitar nosso dinheiro enquanto temos saúde e energia. O equilíbrio entre saúde, dinheiro e tempo livre é essencial. Veja como isso se desenrola ao longo da vida:
A ideia é que viajar, aventurar-se e explorar o mundo é muito mais fácil quando somos mais jovens. Portanto, não podemos deixar de viver experiências significativas na esperança de que teremos tempo no futuro.
O conceito de “dividendos da lembrança” é fascinante e nos leva a refletir sobre as experiências que acumulamos ao longo da vida. Se você fizer uma viagem aos 20 anos, por exemplo, essa lembrança acompanhará você ao longo dos anos. Quanto mais cedo você vive experiências memoráveis, mais tempo terá para relembrá-las.
Por outro lado, se você esperar até os 60 anos para fazer essa viagem, pode ser que não consiga aproveitar da mesma forma. O autor sugere que devemos investir em experiências que geram memórias, em vez de apenas acumular bens materiais.
Outra parte crucial do planejamento financeiro é entender quanto dinheiro é necessário para viver confortavelmente pelo resto da vida. Para isso, precisamos calcular o custo de vida anual e a expectativa de anos restantes. Existem ferramentas online que ajudam a calcular a expectativa de vida, levando em conta fatores como saúde e hábitos de vida.
Por exemplo, se você determinar que precisa de R$ 60.000 por ano para viver confortavelmente e estima viver mais 55 anos, isso resulta em R$ 3.300.000. Contudo, o autor acredita que, na verdade, precisamos de bem menos do que isso, pois o dinheiro pode render. Ele propõe um modelo financeiro em que o patrimônio é utilizado de maneira inteligente para garantir que você possa viver confortavelmente ao longo dos anos.
O autor sugere que, ao invés de viver apenas dos dividendos, podemos utilizar parte do nosso patrimônio para garantir uma qualidade de vida melhor. Ele exemplifica com uma planilha que ilustra como, ao retirar 10% do patrimônio anualmente, é possível garantir uma renda estável enquanto ainda permite que o patrimônio cresça.
Isso é particularmente importante para aqueles que já construíram um patrimônio e estão prontos para aproveitar os frutos de seu trabalho. A ideia é não se prender a uma mentalidade de que o dinheiro deve ser guardado a todo custo, mas sim que ele deve ser utilizado para proporcionar uma vida mais rica e gratificante.
Em resumo, a ideia de “morrer sem nada” não deve ser interpretada como um incentivo à irresponsabilidade financeira. Ao contrário, é um chamado a viver plenamente, aproveitando os recursos que temos. Isso não significa que devemos viver sem planejamento ou acumulação de patrimônio, mas sim que devemos equilibrar a construção de riqueza e a busca por experiências significativas.
Se você já possui um patrimônio e está em uma posição financeira estável, considere como pode utilizar esses recursos para melhorar sua qualidade de vida e a de seus entes queridos. A vida é curta e as experiências são o que realmente importam.
Por fim, lembre-se de que a gestão do dinheiro deve ser vista como uma ferramenta para alcançar uma vida mais plena e feliz, não como um fardo. Vamos começar a gastar e viver mais, sem esperar pelo amanhã!